Conforme deliberado na última reunião do Conselho de Base, ocorrida no sábado (04 de outubro), o Sintrajud participará da Marcha a Brasília contra a Reforma Administrativa no próximo dia 29. A manifestação é convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), pelo Fórum dos Trabalhadores do Setor Público no Estado de São Paulo e por dezenas de sindicatos que começam a reorganizar iniciativas unitárias para enfrentar o pacote de desmonte anunciado na última quinta-feira pelo deputado federal Pedro Paulo (PSD/RJ), coordenador do grupo de trabalho sobre a reforma na Câmara dos Deputados (saiba mais aqui).

Desta vez, o Conselho aprovou que o Sintrajud envie uma caravana de ônibus, para possibilitar a participação de mais servidores/as no ato, que terá início às 9 horas, em frente ao Museu Nacional, e vai percorrer o Eixo Monumental até a Praça dos Três Poderes,

O ônibus sairá da rua da sede do Sindicato (Antônio de Godói, 88) no dia 28 às 19 horas e chegará de volta à capital paulista no dia 30, no fim da tarde.

As inscrições para participar do ato vão até o próximo dia 24 deste mês e podem ser feitas por meio do formulário disponível clicando aqui 

O Fonasefe destaca que, "sob o falso argumento de combate aos supersalários, que representam apenas 0,23% do funcionalismo público", as propostas de reforma em discussão representam mais uma medida antipovo.

O Fórum lembra ainda que, enquanto falam em “moralizar” os serviços públicos com a reforma, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), e o coordenador do Grupo de Trabalho que formulou o pacote de desmonte, Pedro Paulo (PSD/RJ), votaram a favor da 'PEC da Bandidagem' – propositura que condicionava qualquer investigação de parlamentares a autorização de seus pares. A medida foi enterrada no Senado em razão das multitudinárias manifestações do dia 21 de setembro, de norte a sul do país.

Motta enfrenta ainda apuração sobre um esquema de rachadinhas envolvendo sua chefe de gabinete (saiba mais aqui).

A proposta das entidades organizadoras da Marcha contra a Reforma Administrativa é repetir a mobilização que em 2021 impediu a aprovação da proposta de emenda constitucional 32/2020, que o governo de Jair Bolsonaro tentou impor. Agora, deputados/as discutem aproveitar a tramitação da PEC 32 até onde ela caminhou na Casa Legislativa para acelerar as votações em dois turnos exigidas pela Constituição e tentar aprovar mais rapidamente os projetos que atacam carreiras, tabelas salariais, a estabilidade no serviço público, o teletrabalho, aposentados/as e o conjunto do funcionalismo e da população.