Sintrajud pede recomposição do auxílio-alimentação em 17,5%
Percentual garantiria isonomia no valor do benefício com carreiras do Poder Executivo.
Por: Luciana Araujo

O Sindicato oficiou todas as administrações requerendo a recomposição do auxílio-alimentação em 17,5% Os requerimentos frisam que "os recentes reajustes concedidos à remuneração dos servidores do Poder Judiciário da União tiveram caráter meramente mitigador" e "estiveram longe de recompor integralmente o poder de compra da categoria, limitando-se a reduzir parcialmente um quadro de defasagem estrutural". Os reajustes referidos no documento são os que ocorreram até 2023, com a Lei 14.523.
Também é ressaltado que o auxílio-alimentação visa indenizar, ainda que de forma parcial, os gastos cotidianos durante a jornada de trabalho. O benefício não se confunde com vantagem remuneratória, e por isso deve ser regularmente atualizado para acompanhar a inflação.
Apesar da parcela ter sido reajustada em 2025, a direção do frisa que não se efetivou a recomposição das perdas inflacionárias históricas acumuladas. Em janeiro deste ano o benefício passou de R$ 1.235,77 para R$ 1.460,40 (18%). E em março, com o desbloqueio de reajustes à parcela que tinha sido imposto pelo governo Jair Bolsonaro em 2020, o auxílio passou a ser de R$ 1.784,42 (22%) em todo o país. No entanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBRE), os preços dos alimentos aumentaram 57% entre janeiro de 2020 e novembro deste ano.
"O reajuste do auxílio-alimentação, no mesmo índice do Executivo, se faz necessário para devolver, em patamares mínimos, o poder de compra dos servidores, que apenas será resolvido com real valorização da categoria, com a reestruturação da nossa carreira", aponta Isabella Leal, diretora do Sindicato.
O dirigente do Sintrajud e servidor da Justiça Federal Marcos Trombeta aponta que "a medida é imprescindível para garantir coerência administrativa e respeito aos servidores. A aplicação do reajuste de 17,5% ao auxílio-alimentação no âmbito do Judiciário não é um privilégio, mas uma medida de justiça e de preservação da função da verba, diante do aumento real do custo da alimentação e das perdas remuneratórias acumuladas ao longo dos últimos anos”, afirmou.
Lutemberg Souza, diretor do Sindicato e servidor do Tribunal Regional Eleitoral, acrescenta que "a demanda é justa, e pretende apenas que o reajuste faça frente ao índice inflacionário atribuído à alimentação nos últimos anos. O peso do custo com a alimentação é sentido diariamente pelos servidores e servidoras".
Confira aqui os requerimentos protocolados junto ao Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior do Trabalho e Conselho Superior da Justiça do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral, ao Superior Tribunal de Justiça e Conselho da Justiça Federal, Supremo Tribunal Federal e Conselho Nacional de Justiça, além do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios - órgãos que subscrevem as portarias sobre o auxílio.




