NOTICIAS01/10/2025

Olimpíada do Judiciário Federal celebra inclusão e espírito coletivo

Por: Jeferson Choma
Reunindo atletas de todo o país, a 22ª edição da Olimpíada Nacional do Judiciário Federal (ONJF) promoveu o esporte e a integração entre servidores e servidoras do Judiciário Federal e do Ministério Público. Este ano, a Olimpíada se destacou também pelo caráter inclusivo, ao contar, pela primeira vez, com a participação de um comitê paralímpico, que abriu espaço para provas exclusivas voltadas à participação de atletas com deficiência (PCDs).
Ouça a matéria

Realizada entre os dias 20 e 26 de setembro, em Foz do Iguaçu, a 22ª Olimpíada Nacional do Judiciário Federal (ONJF) demonstrou que as vitórias mais valiosas não vêm apenas do desempenho individual, mas da união e do esforço coletivo. A Olimpíada contou com 1.186 atletas inscritos, formados por servidores de todo o Judiciário Federal e do Ministério Público, e ofereceu 25 modalidades esportivas, que iam do atletismo e natação a jogos de tabuleiro, como xadrez, damas e dominó.

A participação da delegação de São Paulo aumentou consideravelmente: de 37 inscritos na edição passada, para 102 atletas que competiram nas 25 modalidades esportivas. No total, os servidores de São Paulo obtiveram 67 medalhas – 16 de ouro, 29 de prata e 22 de bronze.

“Nossa delegação mais do que dobrou em relação à edição passada, o que se deve ao auxílio do sindicato e à formação do Comitê Olímpico pelo TRT-2. A divulgação boca a boca também foi muito importante, entre aqueles que já participavam e chamaram novos atletas para participar. Essas Olimpíadas, embora realizadas em diferentes locais, cumpriram um papel de integração, onde surgiram novas amizades. E no ano que vem a tendência é aumentar ainda mais”, explicou Henrique Sales, diretor de base e trabalhador do TRT-2.

Apoio do Sindicato

Henrique Sales destaca ainda que o Sintrajud ofereceu uma importante contribuição para os atletas, com o fornecimento de materiais para jogos coletivos, a reserva e o aluguel de espaços para as competições e a contratação de treinadores e professores para os atletas. A mobilização para os treinos em grupo e o constante incentivo influenciaram diretamente as várias conquistas dos atletas. Para o Sintrajud, o espírito de equipe que consolida as conquistas esportivas é a mesma base para fortalecer a luta e as conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras.

A próxima edição das Olimpíadas será realizada em Aracaju (SE). “É importante as pessoas buscarem se integrar, conhecer e participar das atividades”, acrescenta o servidor.

Os integrantes da delegação de São Paulo transformaram as arquibancadas em um espetáculo de união e garra. “Sem dúvida, construímos a mentalidade de que, quando nos juntamos, podemos alcançar resultados que vão muito além de medalhas e pódios: mostramos a força da coletividade e a potência que temos para revolucionar estruturas”, explicou Camila Duarte, servidora do TRT-2 e veterana dos jogos da ONJF.

“Competi pelo segundo ano no dominó de duplas, com Priscila Florêncio, também servidora do TRT-2, e desta vez conquistamos a medalha de prata! As modalidades de tabuleiro são bastante concorridas e permitem a participação de atletas com variadas habilidades nas olimpíadas”, explicou Camila Oliveira, diretora do Sindicato e servidora do TRT-2, que conquistou a medalha de prata na competição.

Além de ser uma oportunidade única para vivenciar o espírito esportivo e a camaradagem, a Olimpíada também mostrou que há espaço para todos os servidores participarem, independentemente da idade ou habilidade.

“A ONJF 2025 me mostrou que nunca é tarde para recomeçar. Depois de quase 25 anos, voltei ao voleibol e redescobri no esporte a força da superação, da união e da alegria. Serviu de inspiração para lembrar que sempre há tempo para reviver paixões e escrever novos capítulos”, explicou Paulo Misawa, servidor do JEF e diretor de base do sindicato.

Caráter inclusivo marca evento esportivo

A ONJF também deu um passo histórico rumo à inclusão. A edição de 2025 contou com um Comitê Paralímpico, criado para fortalecer a participação de pessoas com deficiência (PCDs) nas competições.

O Comitê foi presidido por Ricardo Oliveira da Silva (TRT13-PB) e teve como integrantes José Carlos Xavier de Oliveira (TRT3-MG) e Ekaterini Sofoulis (TST-DF), três servidores que, além de atuarem profissionalmente no Judiciário, também conhecem de perto os desafios da inclusão no esporte.

“O esporte é um instrumento de inclusão, e estar aqui é abrir caminhos para que mais PCDs ocupem esses espaços”, explica Ekaterini Sofoulis. Assessora de Acessibilidade e Inclusão no TST, ela promove palestras de acessibilidade e inclusão em diversos órgãos públicos e treina há três anos para competir em provas de corrida – sonho que já se tornou realidade com sua participação na 22ª edição da ONJF.

“Ser PCD não foi desculpa para eu realizar meu sonho de ir dirigindo para Foz do Iguaçu e ainda trazer uma medalha de prata na primeira edição feita para PCDs”, disse Maria Angélica Martines Garcia, que trabalha no TRT-2 de Santo André.

Além disso, duas novas provas foram incorporadas nessa edição: os 100m e 200m rasos, exclusivos para atletas com deficiência física. Para 2026, a inclusão de outras modalidades será analisada. Um legado que, certamente, vai muito além dos pódios e medalhas.