Uma história com lastro indissociável das lutas, da democracia e da independência e
autonomia sindical. É assim que o Sintrajud, o Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário
Federal no Estado de São Paulo, completou 30 anos de vida no dia 8 de dezembro de 2025
com uma forte referência no passado coletivamente construído, mas de olho no que virá:
os desafios a serem enfrentados e vencidos pela categoria.

O Sintrajud nasceu da unificação de três entidades sindicais que tinham uma respeitada
atuação na categoria: o Sindjuse, que reunia servidores e servidoras da Justiça Eleitoral, o
Sinjusfem, das Justiças Federal e Militar, e o Sintrajus, da Justiça do Trabalho.

A articulação inicial desse processo de unificação incluía a participação do Sindiquinze,
abarcando também as servidoras e servidores do TRT da 15a Região - porém as direções
sindicais desta entidade não abraçaram a ideia.

Nasce um forte sindicato

O Congresso de Unificação, transcorrido nos dias 8 e 9 de dezembro de 1995, selou um
movimento iniciado alguns anos antes, avaliazado por debates e assembleias com as
respectivas bases sindicais.

“Foi o resultado da vontade da categoria e do esforço das direções dos três sindicatos”,
registrava o Jornal do Judiciário, como era denominado o veículo de comunicação oficial da
recém-criada entidade, publicado poucos dias após o congresso que uniu numa só entidade
as três frentes de organização sindical do setor.

Para conduzir esse processo, uma diretoria provisória foi eleita, com seis meses de
mandato, para que promovesse a transição e realizasse a eleição que definiria a primeira
diretoria efetiva escolhida com votos nas urnas.

A movimentação que levaria ao Sintrajud se deu num momento ímpar das lutas da
categoria. Expressava um movimento mais amplo que apontava para a unificação,
impulsionado pela fundação, em dezembro de 1992, da federação nacional da categoria, a
Fenajufe.

‘O Brasil neoliberal’

No âmbito da conuntura política do país, o Brasil vivia tempos difíceis para a classe
trabalhadora. O candidato tucano Fernando Henrique Cardoso havia acabado de ser eleito
presidente da República e colocava em marcha acelerada a implementação do chamado
projeto neoliberal.