Frente à onda de assassinatos brutais de mulheres e tentativas de feminicídios com requintes de crueldade ocorridos nos últimos dias, o país vai às ruas no próximo domingo (7 de dezembro). As manifestações são convocadas por organizações de mulheres, feministas, sindicatos, movimentos sociais e partidos progressistas como um grito de "basta!" Sob o slogan "Mulheres vivas: basta de violência machista", a mobilização está confirmada nas capitais e em cidades metropolitanas e do interior. Na capital paulista o protesto começa às 14 horas, no vão do Masp.

De janeiro a outubro deste ano dados da Secretaria de Segurança Pública apontam 207 feminicídios (excetuadas as mortes violentas que não acontecem em contexto doméstico ou com evidente ódio ao feminino). A capital bateu novo recorde macabro: 53 registros de assassinatos associados à condição feminina.

Uma realidade inaceitável, que exige investimentos efetivos dos governos federal, estaduais e municipais. Em 2024 apenas 12% do orçamento federal já insuficiente de R$ 235,9 milhões (R$ 2,25 por mulher) foram efetivamente executados. O governo do Estado contingenciou 96% da dotação orçamentária (R$ 26 milhões) e a prefeitura investiu R$ 40 milhões (R$ 8,00 por mulher) num cenário de sucessivos cortes que fizeram a capital acumular recordes sequenciais de violência.

Atos já confirmados:

Araraquara - 9h, na Praça Santa Cruz

Bauru - 9h30, em frente à delegacia da Polícia Federal

Botucatu - 10h, na Praça da Pinacoteca

Campinas - 9h, na Estação Cultura

Ilhabela - 16h, na Praça Elvira Estoraci

Santos - 10h, na Praça das Bandeiras

São José do Rio Preto - 9h, na Praça Rui Barbosa

São José dos Campos - 15h, no Largo São Benedito

São Paulo - 14h, concentração no vão do Masp

Sorocaba - 10h, no Parque das Águas