Coletivos organizam atividade contra a violências de gênero e racismo em 26 de novembro
Por: Luciana Araujo

Compreendendo que as opressões das mulheres, LGBTs, negras e negros e pessoas com deficiências são sistemas de hieraquização de vidas criados pelo capitalismo para explorar ainda mais o conjunto da classe trabalhadora, os coletivos do Sintrajud convocam toda a categoria a participar da atividade que vai marcar os 21 dias de ativismo pelo fim das violências contra as mulheres e do racismo. O debate conjunto, numa perspectiva interseccional, acontece dia 26 de novembro (a próxima quarta-feira), a partir das 19h30, por meio da plataforma Zoom.
O diálogo on-line Sintrajud na luta por Consciência Negra e o direito à vida para as mulheres terá como palestrante a advogada Letícia Chagas, mestranda na Faculdade de Direito da USP e codeputada estadual pelo Movmento Pretas/PSOL.
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Os 21 dias de ativismo são parte do calendário internacional do feminismo. O período entre 25 de novembro – Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher – e 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos, é reconhecido pela ONU como sendo de mobilização para erradicar as violações aos direitos da parcela feminina da população.
No Brasil, o início da campanha foi antecipado para 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, formando os 21 dias de ativismo, já que as violências e violações de direitos atingem mais as mulheres negras.
Neste ano, quando se completa uma década da primeira Marcha Nacional de Mulheres Negras a Brasília, contra o racismo e a violência, e pelo Bem Viver, mais uma vez a capital federal será ocupada por aquelas que são a base da pirâmide social brasileira. Em 25 de novembro, elas vão exigir reparação do Estado brasileiro pelos crimes da escravidão e as violações praticadas nos dias atuais, além do Bem Viver, conceito adotado pelos movimentos de mulheres negras que se refere a uma perspectiva de vida oposta à que o capitalismo coloca, com direitos, igualdade substantiva e enfrentamento ao racismo. E o Sintrajud estará representado.
Coletivos e Núcleos
Ao longo dos últimos anos o Sintrajud criou, além dos núcleos por segmentos, coletivos para organizar a luta contra as opressões. Hoje o Sindicato organiza servidoras e servidores nos coletivos de Mulheres - Mara Helena dos Reis, de LGBTQIAP+, de Negras e Negros e de Pessoas com Deficiências. Os núcleos organizam os segmentos da categoria. Os de Aposentadas/os e de Oficiais de Justiça foram os primeiros a serem criados no movimento sindical do Judiciário Federal. Para articular as demandas específicas dos demais segmentos, também foram criados os de Agentes da Polícia Judicial e, mais recentemente, de Técnicas/os e de Analistas.




