Israel ameaça bombardear flotilha de ajuda humanitária a Gaza
Por: Luciana Araujo

O governo israelense prometeu bombardear os barcos da flotilha global Sumud, que leva ajuda humanitária organizada por ativistas e movimentos sociais de diversas partes do mundo para a Palestina massacrada pelo governo Benjamin Netanyahu.
A CSP-Conlutas (central sindical à qual o Sintrajud é filiado) retransmitiu a informação repassada aos governos de todos os países que têm cidadãos participando do comboio marítimo voluntário. O ataque está previsto para acontecer se as embarcações deixarem o espaço territorial da Grécia, onde se encontram.
As tripulações decidiram continuar a missão. “Estamos cumprindo o nosso papel. Esperamos que os governos, em especial, o brasileiro também faça sua parte e rompa todas as relações com Israel e tome ações concretas contra o genocidio em Gaza”, afirmou Magno de Carvalo, da Executiva Nacional da Central e do Sintusp, à comunicação da entidade.
A CSP-Conlutas e diversas organizações ligadas à defesa do povo palestino cobram ação imediata do governo Lula para proteger os cidadãos brasileiros, exigir o fim dos ataques à flotilha e romper relações com Israel.
A Central lembra que neste mês de setembro o governo brasileiro exigiu o fim das hostilidades à flotilha em três diferentes ocasiões, além de citar na Assembleia Geral da ONU o genocídio cometido por Israel. Mas, medidas práticas não foram aplicadas.
Na semana passada Israel já havia atacado a flotilha com drones. Na madrugada deste dia 24 de setembro houve novo ataque.
A fome, o bloqueio de ajuda humanitária, os bombardeios e agora o plano de controle israelense sobre a Faixa de Gaza evidenciam que nunca se tratou de “defesa de Israel” e sim de uma política de extermínio do povo palestino para controlar as reservas de petróleo e gás naquele subsolo. A violência genocida chegou a um patamar tão grave que mais de cem organizações não-governamentais de diversos países denunciaram o Estado de Israel.
Os territórios ocupados de Gaza e na Cisjordânia (onde não existe a desculpa do Hamas) vivem uma situação nunca vista de destruição e morte sob a complacência da Organização das Nações Unidas e governos do mundo todo.
No caso do Brasil, já passou da hora de ir além das bravatas, defende a direção do Sindicato. É preciso romper relações comerciais e políticas com o Estado genocida de Israel, parar de exportar combustível e outros produtos para o país agressor e parar de importar tecnologia bélica para uso contra a população pobre.
* Com informações da CSP-Conlutas