Série de vídeos integram acervo de memória oral da organização e das lutas sindicais do Sintrajud

“Continuo acreditando no Sindicato, continuo acreditando no ser humano”, assim o servidor Lutemberg Souza responde se valeu à pena todos os anos em que contribuiu para fundação e construção do Sintrajud, que em 2025 completou 30 anos.

Um dos fundadores do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo, que nasceu em dezembro de 1995, Lutemberg avalia que a unificação das três entidades sindicais por ramo (Sintrajus, Sinjusfem e Sindjufe) foi o caminho político natural e inevitável a se seguir.  “Divididos, não sobreviveríamos”, disse.

O caminho para a unificação, lembra, começou com atividades e até estruturas conjuntas ainda nos sindicatos por ramo do Judiciário. Isso, avalia, foi fundamental para que se vencesse sem grandes sobressaltos o momento da transição, quando uma diretoria provisória, da qual fez parte, assumiu a coordenação do novo sindicato da categoria - maior, mais forte e melhor estruturado.

Sobre o Sindjuse, o sindicato que representava os servidores da Justiça Eleitoral antes da unificação, avalia que dos três era o menos “empoderado” e com menos estrutura. Mas, talvez por isso mesmo, tinha uma militância além de atuante e combativa, ousada e muito criativa.

Lutemberg hoje, em dezembro de 2025, integra a diretoria colegiada do Sindicato. Porém, à época desta entrevista, concedida para o projeto Memória Sintrajud em novembro de 2022, não fazia parte da direção sindical.

Entrevista na qual também recorda a primeira grande mobilização conjunta do Judiciário Federal, que, entre 1995 e 1996, conquistaria o plano de cargos e salários (PCS1). “Foi a prova de fogo da unificação”, disse, sobre o desafio inicial que deu largada a tantos outros enfrentados com autonomia e independência ao longo desses 30 anos.