O Sintrajud disponibiliza em seu site link para votação no plebiscito popular realizado pela CSP-Conlutas (central sindical à qual o Sindicato é filiado).

A iniciativa da Central considera importante somar esforços no debate sobre a emergência da redução da jornada de trabalho no Brasil, luta histórica da classe trabalhadora e da categoria judiciária. Também reforça a mobilização em torno ao debate sobre a taxação de super ricos (quem ganha mais de 50 mil reais por mês) para garantir o financiamento adequado dos serviços sociais e direitos como saúde, educação e acesso à justiça, além da isenção do imposto de renda de quem ganha até 5 mil reais/mês. 

A Conlutas e a diretoria do Sintrajud, no entanto, consideram importante ouvir a população também sobre políticas do governo Lula/Alckmin que atacam direitos, como o novo teto de gastos do arcabouço fiscal e a 'reforma' administrativa que vem sendo construída junto com o Congresso Nacional, a cúpula do Judiciário e a Fiesp (federação das indústrias paulistas).

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A diretoria do Sintrajud apoia o fim da jornada 6x1 (apenas uma folga semanal) onde essa superexploração é aplicada, e a redução das horas de efetivo exercício no Poder Judiciário da União a seis horas diárias com uma hora de almoço ou sete horas corridas, como acontece em alguns tribunais do país, mas nenhum de São Paulo.

A taxação dos super ricos é outra demanda histórica do movimento sindical brasileiro que foi abandonada pela CUT e outras centrais durante os primeiros governos Lula e Dilma. Na época, a situação econômica do país inclusive era mais confortável que a atual porque não existia o chamado 'teto de gastos' que limita investimentos sociais para garantir a remuneração da dívida com banqueiros e especuladores. Mas o movimento sindical atrelado ao governo abriu mão desse debate.

Não fechar os olhos aos ataques do governo

Por todas as razões acima, a direção do Sintrajud considera fundamental ouvir o povo brasileiro e pressionar o Congresso Nacional. Mas não compactua com a ocultação das causas da crise educacional, ambiental, de saúde, de moradia e social que vive a sociedade brasileira. É o arcabouço fiscal que continua drenando recursos das áreas sociais para remunerar o capital especulativo.

A falta de veto integral ao PL da Devastação permite que o agronegócio continue desmatando e queimando as florestas no país e potencializa os eventos climáticos extremos como a inundação do Rio Grande do Sul no ano de 2024.

E a 'reforma' administrativa que o governo vem construindo com o empresariado e as cúpulas dos poderes Legislativo e Judiciário tem por objetivo reduzir o papel do Estado, extinguir carreiras, regulamentar as avaliações de desempenho inclusive como mecanismo de desligamento de servidores/as e efetivar contratações temporárias e por fora do RJU (regime jurídico único).

Dessa compreensão vêm as perguntas a mais no plebiscito da CSP-Conlutas e o convite da direção do Sintrajud para que toda a categoria vote e divulgue esta ação para a família, amigos e vizinhos.