Plebiscito popular da CSP Conlutas: Sintrajud coleta votos em ato pelo PCCS no TRF-3 em 6 de agosto
Por: iara Aureliano
Com o objetivo de fortalecer o plebiscito popular 2025 e mobilizar o país em defesa da taxação de super-ricos e pelo fim da escala 6×1, e que a consulta seja também um mecanismo que auxilie a aprofundar o debate e avançar de fato em defesa das reivindicações da classe trabalhadora, o Sintrajud coletará votos no ato por carreira, salários e direitos, no TRF-3, em 6 de agosto, com uma terceira pergunta sobre o arcabouço fiscal.
A política econômica de Lula/Alckmin entra no questionário após orientação da central ao qual o Sintrajud é filiado, a CSP Conlutas. A política fiscal limita investimentos sociais e impõe cortes mesmo em setores com vinculação constitucional, como saúde e educação.
A CSP Conlutas defende que o plebiscito vá além de denunciar as injustiças, mas que seja um passo na construção de uma saída própria e independente dos trabalhadores. Isso passa por chamar atenção para os problemas que o arcabouço fiscal não enfrenta, como, por exemplo, o sistema da dívida pública, que segue transferindo altos montantes aos bancos e especuladores internacionais.
“Ao não colocar em debate as consequências do arcabouço fiscal e explicitar o papel do governo nos ataques aos trabalhadores, abre-se espaço para que a extrema-direita apareça como única crítica ao sistema, mesmo representando um projeto ainda mais destrutivo para os pobres. A política econômica do governo, somada à desindustrialização e ao avanço predatório do imperialismo – seja dos EUA, Europa e, agora, da China -, mantém o Brasil em um ciclo de subordinação e saque de suas riquezas. Enquanto os lucros das 250 maiores empresas do país forem intocáveis, e enquanto o orçamento seguir sendo drenado pelos banqueiros, não haverá espaço real para mudanças de fundo”, enfatiza a central sindical.
A diretora do Sintrajud Ana Luiza reforça a importância da participação na consulta, propondo uma ruptura com este modelo econômico, e a construção de uma saída independente pela própria classe trabalhadora em defesa de seus direitos, contra as privatizações e a entrega das riquezas do país.
“Neste momento o governo Lula/Alckmin, o congresso e o judiciário estão definindo o orçamento de 2026. Vão cortar os investimentos no serviço público e garantir bilhões para os bancos, para os deputados e para os juízes. Nós, servidores e servidoras, precisamos lutar para defender nossos direitos e dos demais trabalhadores. Participando do plebiscito da CSP Conlutas e dizendo não ao arcabouço fiscal, e sim redução da jornada de trabalho sem redução de salários e com a sobretaxação das grandes fortunas”, diz.
Avançar na conscientização
“Você é a favor de por fim às privatizações de empresas que fornecem serviços públicos, como água, energia e combustíveis?” e “Você concorda que o Brasil não pode ser cúmplice do genocídio do povo palestino e deve romper as relações com Israel?” são outras perguntas que constarão na cédula do plebiscito popular da CSP Conlutas.
A central explica que é momento de conscientizar sobre como a entrega de empresas públicas e serviços essenciais ao setor privado significa priorizar o lucro e não o atendimento de qualidade à população. No que diz respeito à guerra de Israel, com apoio dos EUA, contra a Palestina, destaca que o Brasil não pode ser cúmplice do genocídio do povo palestino e precisa pressionar pelo fim do conflito e do apartheid.